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Nota Fiscal com data retroativa: Posso emitir?

Por Leandro Batagin / 5 min de leitura

Posso emitir nota fiscal com data retroativa? - Empreende Aqui Blog

Você já se perguntou: Posso emitir nota fiscal retroativa? A emissão de notas fiscais é uma parte essencial da gestão financeira e contábil de qualquer empresa. No entanto, há momentos em que surge a necessidade de emitir uma nota fiscal com data retroativa. Seja para corrigir um erro, atender a requisitos legais ou resolver outras situações específicas.

Portanto, este artigo busca esclarecer essa questão complexa, analisando os cenários em que a emissão de notas fiscais retroativas é aceitável. Bem como os cuidados e procedimentos necessários para evitar problemas fiscais e garantir a conformidade com a legislação vigente. Acompanhe-nos enquanto exploramos os aspectos essenciais dessa prática e oferecemos orientações importantes para que você possa tomar decisões informadas em sua gestão financeira.

O que significa emitir nota fiscal com data retroativa?

Uma nota fiscal retroativa, também conhecida como nota fiscal com data retroativa, é uma nota fiscal emitida com uma data anterior à data real da transação comercial.

Em outras palavras, ela registra uma venda ou prestação de serviço que ocorreu em um momento passado, mas está sendo formalizada posteriormente, com uma data anterior à atual.

A emissão de notas fiscais retroativas geralmente ocorre por diversas razões, como correção de erros de documentação, ajustes contábeis, regularização de operações financeiras ou para cumprir exigências legais específicas em determinadas situações.

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Nota Fiscal com data retroativa: Quais as suas complicações?


Essa prática pode ser necessária em algumas situações, mas as empresas devem considerar cuidadosamente as várias complicações e implicações associadas a ela. Por exemplo:

  1. Questões legais: Emitir notas fiscais retroativas pode entrar em conflito com as leis tributárias e regulamentações locais.
  2. Requisitos específicos: A legislação de alguns locais permite, mas, as empresas precisam atender a requisitos rigorosos. Isso pode incluir a documentação adequada, a notificação às autoridades fiscais e a justificação apropriada para a necessidade de retroagir a data da nota.
  3. Impacto nas finanças: Isso pode afetar o fluxo de caixa da empresa, já que os impostos podem ser devidos imediatamente, mesmo que a transação tenha ocorrido em uma data anterior.
  4. Risco de auditoria: Emitir notas fiscais retroativas pode chamar a atenção das autoridades fiscais, levando a auditorias. É importante que a empresa esteja preparada para justificar a necessidade de retroagir as datas das notas e fornecer documentação adequada.

Passei da competência atual da nota, mas recebi o valor dos serviços. E agora? 

O recomendado é que a empresa emita a nota fiscal na competência atual e inclua no corpo da nota fiscal, na descrição dos serviços, a discriminação do período da prestação, ou seja, a que mês/ano se refere.

Essa é a melhor maneira para emitir uma nota “retroativa”. Tem municípios que o próprio sistema não deixa fazer esse tipo de emissão e acaba fazendo com que o contribuinte emita suas notas fiscais dentro da competência atual. 
Não há legislação que restrinja a emissão de notas fiscais antes do pagamento do produto ou serviço contratado. No entanto, é importante que o empreendedor esteja ciente de que a emissão da nota fiscal não garante o pagamento total ou parcial pelo tomador, apenas comprova que a transação ocorreu.

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Se a nota fiscal foi emitida e você não recebeu o valor dos serviços, o que acontece?

Para esses casos, o ideal é tentar cancelar a nota fiscal, se tiver dentro do prazo. Ou substituí-la por uma nova com uma data mais recente.
Em alguns casos, o prestador de serviços pode precisar negociar um acordo com o cliente para estabelecer um novo prazo de pagamento.

Em resumo, concluímos que a emissão de notas fiscais com data retroativa requer extrema cautela e aderência rigorosa às regulamentações fiscais locais. Embora seja permitida em determinados contextos, essa prática pode acarretar complicações legais e fiscais. Portanto, é crucial que as empresas estejam plenamente conscientes das normas e procedimentos em vigor em sua jurisdição e busquem orientação profissional quando necessário.

Escrito por:
Formado em contabilidade pela PUC-Campinas e MBA em Gestão de Negócios pela IBEMEC. Trabalhou por 10 anos em uma empresa de auditoria (BIG4), em 2017 fundou a Empreende Aqui.
Leandro Batagin:

Ceo e Fundador da Empreende Aqui

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